6 de setembro de 2011

Ausência

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.


Drummond

2 de junho de 2011

     Sou importante quando convém


                                       e só

25 de maio de 2011

Outono

acorda
esfria
chove
chora
molha
empoça
enlameia
venta
seca
descabela
rebela
reinventa
levanta
encanta
dança
ilumina
esquenta
ameniza
alivia
suspira
sorri
e sonha
antes de dormir.


(Meu coração é Porto Alegre)

 * para o Clube da Escrita