"Jill levou um susto grande o suficiente para cair da cama e deixar sair um grito seguido de um palavrão. De joelhos e parecendo ter voltado aos seus primeiros meses de vida pela posição em que se encontrava, de quem ia começar a engatinhar, a moça que estava com os cabelos embaraçados e olheiras fundas começou a tatear o criado-mudo, procurando o causador de tudo isso. Seu celular estava tocando, e seria um tanto estranho se Jill continuasse dormindo: o seu ringtone (Misery Business, da segunda melhor banda americana, Paramore *-*) estava no volume máximo. Isso fora total falta de atenção da dona do aparelho, porque ninguém gozando de boa sanidade mental deixaria o telefone ligado depois de uma noite inteira em festa.
Encontrando o aparelho, que tocava e vibrava incansavelmente como se estivesse fazendo um trabalho muito competente, Jill silenciou o toque antes de ver quem era; esse toque alto estava deixando-na com dores de cabeça freqüentes. Mal-humorada e torcendo para que não fosse o cara maçante da noite passada, leu o nome "Lewis" piscando na tela do celular, o que piorou a sua dor de cabeça. Era ele.
- Droga, por que eu fui dar o meu número verdadeiro pra esse cara? - choramingou a garota, ainda de joelhos, segurando a vontade de ignorar a chamada e voltar para o seu sono, que nem estava muito agradável. Levantando-se do chão para sentar na cama, onde definitivamente era mais macio e ela demorou para se dar conta disso, olhou para o relógio pendurado na parede à sua frente. Eram nove e meia.
É, ele parecia realmente chato. Nove e meia era um horário apropriado para dormir profundamente, considerando a farra feita na noite anterior. Prometendo a si mesma mentalmente que trocaria seu número e não o daria a nenhum cara suspeito, Jill foi vencida pelo cansaço (ele estava insistindo mesmo: o telefone ficou um bom tempo chamando) e apertou aquele botãozinho verde que geralmente tem nos aparelhos celulares.
O momento entre apertar o botãozinho verde e levar o aparelhinho inútil aos ouvidos foi marcado pelo suspense, principalmente pelo fato de que ela levantou a mão na qual estava o celular muito lentamente. Fechando os olhos, disse um "alô" bem desanimado, para talvez fazer o tal Lewis pensar que ligara em má hora, mas desde quando pessoas chatas percebem que estão sendo chatas?
- Heey, Jill! - ouviu ela uma voz masculina que até soava agradável - Lembra de mim?
"Preferia não ter nem te conhecido."
- É.. Sim, lembro.
- Como você tá?
"Eu estava razoável até você ligar e então meu dia começou muito mal."
- Tô legal. E você? - Ela desejou não ter feito a última pergunta, mas o instinto de educação falou mais alto.
- Eu tô ótimo. Escuta...
"Preciso?"
- Sabe, quando a gente se conheceu ontem, eu senti que nós poderíamos levar isso mais adiante, afinal a gente se deu muito bem, então eu pensei um pouco...
"Não me diga que você pensa! :O E NÃO, A GENTE NÃO SE DEU BEM!"
- ... O que você acha se a gente dar uma volta por aí, tipo, pra se conhecer melhor, sabe? O que você acha?
"Não. Sou uma pessoa muito firme e decidida, então já que eu não fui nem um pouco com a sua cara, não preciso perder meu tempo, não é? Então beijoenãomeligamais."
- Hã? Hum.. Okay.
- Ótimo! - exclamou ele do outro lado da linha - Pode ser sexta à tarde?
"À tarde? Pelo menos não é maníaco u.u"
- Sim, pode. - "Já que não tenho mais escolha..."
- Certo, Jill! Então... Te pego aí às duas.
- Às três - Porque algum dia ela teria que expressar sua real vontade, e decidir o horário de um encontro com um cara imbecil já era algum começo.
- Três horas?
- Três horas.
- Não pode às duas e meia?
- Não. - "HA, poder até posso, mas não para você."
- Por quê?
" Mas que inferno, faça mais uma pergunta e terei o imenso prazer de desligar na sua cara comprida."
- Tá, tá, duas e meia. - "E o Troféu Sem Atitude vai para... JILL BRADENTON! ¬¬"
- Eba! - ele pareceu realmente infantil com esse "eba", mas Jill nem prestava mais atenção: o que mais queria era tomar um remédio contra sua dor de cabeça, que piorara ainda mais. - Duas e meia, então. Tchau, Jill!
Ela desligou o celular, incapaz de se despedir. Um dia ela conseguiria aprender a dizer "não" e a deixar seu celular desligado de vez em quando."
Baseado no vídeo dos We The Kings - Escrevo mais quando eu pensar num bom desfecho.
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3 comentários:
É um super, himper, mega, power, master, blaster,foblaster....(e la vai pedra!)romance discontraido!
ri muito com os pensamentos da jill xD!
parabens mainha ju xD!
continua q eu quero ver!
WOW, WTK!
mah/
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